Canonização da Fundadora Madre Cecília

Canonização da Fundadora Madre Cecília

A Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria surgiu no início do século XX, de um apelo de Deus acolhido e vivenciado por Antonia Martins de Macedo, jovem brasileira, corajosa e temente a Deus. Seus pais: Pedro Liberato de Macedo e Rosa Martins Bonilha.

Devido à situação política de seu tempo pouco favorável à religião, não pode ingressar, como era seu ardente desejo, em nenhuma Congregação Religiosa, mesmo porque seu pai não a permitia e nem mesmo liberava os recursos necessários.

Por imposição paterna, aceitou casar-se com um noivo que não escolhera, do que resultou uma difícil convivência.

Foi mãe de três filhos, dois meninos e uma menina portadora de deficiência física e mental.

Viúva, ingressou na Ordem Franciscana secular recebendo o nome religioso de IRMA CECÍLIA DO CORAÇÃO DE MARIA.

Continuou a TRABALHAR PARA O SUSTENTO de seus filhos, em uma oficina de costura, com um grupo de costureiras.

Mas, seu coração, não estava tranquilo e uma verdadeira "nostalgia de Deus" se instalara em seu íntimo.

Buscava algo que pudesse abrandar seu desejo de servir a Deus quando, no dia 06 de janeiro de 1896, uma idéia insistente, clara e luminosa, uma INSPIRAÇÃO se apoderou de sua mente e de seu coração. Partilhou então, com suas companheiras, “Anda em minha mente uma idéia, que não sei se é inspiração ou tentação: Desejava muito abrir uma casa onde morando com algumas companheiras, pudéssemos viver na oração, no trabalho e no apostolado ajudando os Frades Capuchinhos nas Missões”.

O grupo apreciou a idéia e foram apressadamente comunicá-la ao diretor da Ordem Franciscana Secular, Frei Luiz Maria de São Tiago, o qual aprovou-a, plenamente, porém acrescentou: “Não é loucura nem tentação minhas filhas, mas verdadeira inspiração de Deus. Mas que esta casa possa acolher meninas pobres e órfãs de Piracicaba. Deus ficará contente com isto”.

Assim, Irmã Cecília e suas companheiras começaram a buscar ajuda e a obra foi se concretizando. Uma paineira foi tombada, para dar lugar ao futuro Asilo de meninas.

No discurso de inauguração, Frei Luiz assim se expressou, revelando o Carisma da futura Congregação: “De hoje em diante, em Piracicaba, nenhuma criança chorará a lágrima da orfandade, pois o Coração de Maria Nossa Mãe, a todas oferecerá carinho e agasalho maternais”.

E o ímpeto de Deus, soprava com rapidez: Em 30 de setembro de 1900, após muito trabalho e, heroica dedicação, com um grupo de seis jovens, nascia a CONGREGACÃO DAS IRMAS FRANCISCANAS DO CORAÇÃO DE MARIA. Novas casas foram fundadas e outras jovens continuavam a sentir o mesmo apelo para consagrar a vida, “por um Bem Maior".

Devido ao seu carinho e cuidado materno para com as crianças, que a chamavam de “mãe”, Madre Cecília passou a ser chamada de “MAMÃE CECÍLIA”.

ANTONINHA, ou MADRE CECILIA DO CORAÇÃO DE MARIA esteve à frente da Congregação durante 12 anos.

Em 1912, Madre Cecília, como fiel seguidora de Jesus Cristo, recebeu um grande chamado de Deus: o de segui-lo no silêncio e no abandono. Soube fazer da experiência da CRUZ, o caminho da transformação: passou de uma dor suportada, para uma dor transformada.

Por determinação Diocesana, Madre Cecília passou a residir com sua filha Rosa e Ir. Maria do Carmo, numa casa denominada Chalé, onde viveu durante 31 anos, na pobreza, na oração e na confiança em Deus e no Coração de Maria. “A tempestade é grande, mas ainda maior é o poder de Deus”. (M.C.)

Ali, no Chalé, Madre Cecília viveu durante 31 anos, no cuidado de sua filha Rosa, na pobreza, na oração, no trabalho e na confiança ao Coração de Maria, a quem entregou a Congregação: “Fiz e dei ao Coração de Maria. Dei tudo a ela. Sou sua escrava” (M.C.)

O Coração de Maria para Mamãe Cecília, mais do que uma Espiritualidade, era um programa de vida. Nos momentos mais difíceis, confiante ela dizia: “O Coração de Maria tudo proverá”.

Com quase 96 anos, já com a saúde bastante debilitada, retorna ao Asilo que fundara.

Madre Cecília saiu do Chalé, transformada, num outro “Coração de Maria”, irradiando a todos a ternura e a fortaleza da Mãe de Deus. “Tudo tem fim, não é minha filha”? (Mamãe Cecília)

Em seu quarto, em Piracicaba, Mamãe Cecília terminou sua peregrinação terrestre no dia 06 de setembro de 1950. Pequenina como o grão de mostarda, morta como o grão de trigo, ela produziu muitos frutos. Foi da sua vida que brotou a árvore frondosa da Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria.

Mamãe Cecília era conhecida como a “Mulher da Benção ” e Deixou como herança às Irmãs, preciosas BENÇÃOS, com as quais costumava presentear a todos que a visitavam:

- Deus te abençoe, e te santifique.
- Deus te abençoe agora e sempre.
- Deus te abençoe, quantas vezes você pensar n’Ele.
- Deus te abençoe até o fim, com toda a força do seu poder.
- Deus te abençoe e te faça feliz n'Ele.

Sua vida é dom precioso para a Igreja, pela fé, esperança e confiança na providência de Deus e no Coração de Maria, além de uma caridade imensa para com os órfãos, doentes, leprosos, velhinhos, abandonados e encarcerados. Ela é modelo de “mulher forte”, como filha, esposa, mãe e religiosa. Dizia sempre: “O Coração de Maria tudo proverá”.

Em 06/09/1992 foi iniciado o Processo de sua Canonização. Todos os Documentos recolhidos por testemunhas e escritos foram enviados à Roma e esperamos a confirmação de suas virtudes em grau heroico.

Todos os que acreditam na santidade da Serva de Deus devem sentir-se envolvidos no seu Processo, suscitando e fazendo crescer grupos de oração e devoção, implorando o reconhecimento dessa santidade, através de sua intercessão.

Oração de Intercessão à Serva de Deus
Madre Cecília

“Ó Deus, que vos manifestastes em vossa serva,
Madre Cecília do Coração Maria, por sinais de santidade,
na vivência da fé, do amor e da entrega total aos vossos planos – sempre confiante no
Coração de Maria – suplicamos-vos
concedei-nos, por sua intercessão,
a graça que vos pedimos... (pede-se a graça)
E se for de Vossa Vontade e para glória de Vossa Mãe
Santíssima, elevai Madre Cecília à honra dos altares.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém”.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai.

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